Não é possível que vão colocar o salário mínimo, direito fundamental previsto na Lei Maior, como responsável pela situação econômica do país, que é muito preocupante, deixando os ricos cada vez mais abastados e os pobres caminhando para a miséria.
O principal argumento é que qualquer aumento no salário mínimo causa um impacto direto nas contas públicas, mais especificamente em relação à Previdência Social.
O economista Armínio Fraga, que já presidiu o Banco Central, com sua frieza que lembra a barriga da lagartixa, propõe o congelamento na correção real do salário mínimo por 6 anos. Isso mesmo, seis anos.
A nefasta consequência da proposta "arminiana" é o enterro do artigo 7°, inciso IV, da Constituição Federal, que diz que o salário mínimo deve "atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família", que "a valorização do trabalho deve ser um objetivo e uma fonte do desenvolvimento nacional".
Que coisa, hein! O senhor Armínio Fraga acha que o salário mínimo não precisa de aumento real, que é suficiente para cobrir as despesas com saúde, moradia, transporte, alimentação e etc.
O que vem deixando os cofres públicos vazios, causando um déficit assustador, são os gastos para manter as mordomias do poder e o toma lá, dá cá, a dinheirama das emendas parlamentares sem nenhuma prestação de contas.
Colocar o salário mínimo como "vilão", o responsável pelo rombo nas contas públicas, é de uma gigantesca insensatez, um ato desumano protagonizado por quem é desprovido de sentimentos, de espírito cristão.
COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 15.04.2025.
(*) Marco Wense - Itabunense, Advogado e Articulista de Política. Assina a Coluna Wense, publicada diariamente em vários sites e blog da Bahia, a exemplo do PÁGINA DE POLÍCIA e O SERVIDOR.
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