Entidades genocidas

É o cúmulo da irresponsabilidade - e irracionalidade - continuar com a prática do futebol em plena pandemia, quando times inteiros são infectados e obrigados a cumprir as determinações das entidades genocidas, que estão pouco se lixando para a vida humana, até porque, o que interessa mesmo é a manutenção do lucro exorbitante proporcionado pelo mundo da bola.

A FIFA e suas congêneres têm plena consciência da impossibilidade na suspensão dos certames, não somente pelo prejuízo financeiro que causaria, como também pelo fator alienação, com especial atenção para países de baixa escolaridade que carecem do indispensável analgésico, como é o caso do Brasil.

Afinal, nada melhor do que programações massificantes de domingo a domingo para distrair a atenção do povo, na tentativa de reduzir a tensão diária, quando a fome bate às portas diante do significativo aumento do desemprego, obrigando-o a sobreviver à base de auxílio emergencial.

Por outro lado, trabalhando na surdina, alguns times que não tiveram jogadores infectados, se beneficiam com a situação e, na base do oportunismo, sobem na tabela de classificação para alegria do incauto e apaixonado torcedor.

Sem falar no demorado VAR que dirime as dúvidas de acordo com as opiniões dos comentaristas. Se a CBF tivesse credibilidade e respeito o futebol brasileiro teria sido suspenso em 2020. Mas como no mundo capitalista o dinheiro fala mais alto..

Jorge Braga Barretto

E-mail: jbbarretto@gmail.com