Algum tempo atrás, quando a Polícia Civil era uma só Unidade, principalmente de espírito e de corpo, um CQ15 era um CQ15. Nunca dependeu de autorização de Central ou seja lá qual foi o pseudo Deus.
C15 era C15, do HGE, eu mesmo já pedi um CQ15 em defesa de um colega. Me desculpem os intelectuais, bons de palavras, teses científicas, mas nessa casa tá mais para "Passageiros da agonia". Ser policial é vestir a camisa mesmo surrada e velha, ser polícia é alma, não apenas ter músculos e aparência, de um bom soldado.
Tem que amar o que é o que faz, independente ser nível médio ou superior, tem que ser irmão, irmã, pai e filho. Pois somos uma família, esse é velho espírito, sempre foi minha bandeira no Sindpoc.
Tem que ter respeito, paixão e coração. Aprendi isso, logo quando no primeiro dia de estágio na DTE e CEOP, ao ouvir num rádio portátil, almoçando em um restaurante no 2 de julho, que servia só para policiais civis, isso 12:h e 30min, um colega pedindo C15. O Restaurante em peso ficou vazio, todos, inclusive eu e os demais estagiários partiram para atender o CQ15, de um irmão, só os veteranos sabem do que estou falando, mesmo eu sendo um recém chegado, aquela emoção contagiante, foi o que faltava para minha decisão ser um policial civil. Hoje vejo um colega implorar ajuda oficialmente, mas o CQ15 em momento algum foi citado.
Desculpas se ofendi alguém, mas o sentimento que tenho é que mesmo estamos morando na mesma casa, não somos família, mas sim essa casa é apenas uma casa de passagem. Sugiro uma reflexão profunda em cada coração policial, e deixarmos de lado a vaidade, ideologias e todos nós juntos, fazer-nos ser um corpo só, olharmos pra dentro da nossa família polícia civil.
E a casa de entrada responsável é o resgate da nossa Polícia Civil que pede CQ15...
Crispiniano Daltro