Por Nuria (Analista de Marketing)
Eu era adolescente e fui a uma festa na casa de um colega muito ligado em tecnologia (ou seja, um nerd). Era o começo do acesso à internet via WiFi. Tudo ainda era muito caro e inacessível, mas encantador. Ele deixou o Napster aberto, para que todos ali pudessem baixar suas músicas, e sua rede WiFi liberada, sem nenhuma senha.
No fim da noite, quando foi desligar o computador, percebeu uma invasão via wireless. Sim, apesar da ferramenta ser nova, já existiam os “especialistas” no mercado para cometer ilegalidades.
Hoje, cometer um crime cibernético é algo muito mais comum. Um levantamento feito pela Cybernews apontou que, em maio de 2020, a busca por termos como “tutorial de hacking” e “como invadir” aumentaram exponencialmente. No mesmo ano, a Fortinet divulgou que o Brasil sofreu 1,6 bilhão de tentativas de ataques cibernéticos só no primeiro semestre.
Mas o que WiFi tem a ver com isso?
Esta problemática nos leva à importância de possuir sempre uma gestão de acesso WiFi totalmente qualificada e segura não só para quem usa, mas também para o CNPJ responsável pelo fornecimento desta conexão.
Mas basta colocar uma senha no WiFi, certo?
Com toda a certeza que este é um procedimento indispensável em uma rede privada. Seus amigos chegam, pedem a senha do WiFi e pronto. Porém, vamos pensar nesta mesma dinâmica durante um acesso a WiFi de um hotel, shopping ou talvez um aeroporto, por exemplo.
Complicado, concorda?
No entanto, oferecer a senha do WiFi também é transferir para você toda a responsabilidade de como será este acesso na rede. Inclusive a transferência de autoria de um crime cibernético.
Crime na rede WiFi detectado!
Cybercrime
Em 2014, o Marco Civil da Internet foi aprovado e apresentado como um caminho para regularização e instituição das relações jurídico-virtuais. De acordo com a Lei, quando um estabelecimento oferece WiFi grátis para seus clientes, ele se torna um “provedor de internet” e, assim, assume a responsabilidade pela rede.
Sendo assim, ao fornecer a senha do WiFi, qualquer crime cibernético cometido na rede é imputado ao proprietário da empresa. Para que isso não aconteça, é preciso ter informações suficientes sobre seus visitantes, sendo estas o MAC Address do dispositivo, data, horário e IP da conexão.
Marco Civil como funciona
Para obter esses dados, o único caminho é a gestão de acesso WiFi através de um sistema de gerenciamento de hotspots. Este sistema armazenará com carinho e cuidado os dados dos usuários e você poderá ter acesso quando quiser.
Este armazenamento pode ser feito de forma local, n uma infra dentro da empresa, ou na nuvem.
Por Nuria (Analista de Marketing)